Espetáculo ‘Traga-me a cabeça de Lima Barreto’ fala de racismo e eugenia no Teatro Gláucio Gill
Com texto inspirado nas obras de um dos escritores brasileiros mais conhecidos, Hilton Cobra celebra os 40 anos de carreira com monólogo sobre trajetória de Lima Barreto, no teatro Gláucio Gill, em Copacabana
O monólogo ‘Traga-me a cabeça de Lima Barreto’, interpretado pelo diretor da Cia dos Comuns, Hilton Cobra, fica em cartaz até o dia 14 de maio. Fictícia, a peça parte da morte do escritor modernista para tratar de assuntos, como eugenia, racismo, loucura, alcoolismo e pobreza. O texto, escrito por Luiz Marfuz e dirigido por Fernanda Júlia, é baseado nas obras Diário Íntimo e Cemitério dos Vivos e conta uma imaginária sessão de autópsia na cabeça de Lima Barreto, conduzida por médicos eugenistas, defensores da higienização racial, na década de trinta.
O objetivo do procedimento era descobrir “como um cérebro considerado inferior poderia ter produzido uma obra de porte, se o privilégio da arte nobre e da escrita é das raças tidas como superiores?”. Em oposição a esta indagação, o monólogo traz as várias facetas da genialidade e da personalidade de Lima Barreto. “Traga-me a cabeça de Lima Barreto” esteve em cartaz no Rio, em 2017, e passou por algumas cidades, como São Paulo, Teresina e Salvador. No mesmo ano, a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) homenageou o escritor e também recebeu o espetáculo. Ainda em 2017, o monólogo foi indicado ao Prêmio Braskem de Teatro, nas categorias espetáculo, texto e ator.
‘Traga-me a cabeça de Lima Barreto’ já teve mais de oito mil espectadores e é sucesso de crítica, como aponta o crítico literário, Gilberto Bartholo. “O texto é genial, mesclando ineditismo com frases de eugenistas e do próprio LIMA BARRETO. Tudo o que é dito se encadeia muito bem e se apresenta de uma forma meio didática, porém não enfadonha; muito ao contrário, é dinâmico, valorizado pela magnífica e irrepreensível atuação de HILTON COBRA, um ator de grandes possibilidades técnicas, que, parecendo imantado, atrai os espectadores, desde sua entrada triunfal em cena, e mantém essa atração até o apagar do último refletor. Dono de um carisma, de um talento e de uma gigantesca presença de palco, Hilton nos brinda com uma atuação inesquecível, um convite a voltar àquele espaço, para aplaudi-lo mais e mais”, diz.
A peça conta com participações especiais de amigos e admiradores de Cobra. Lázaro Ramos, Frank Menezes, Harildo Déda, Hebe Alves, Rui Manthur e Stephane Bourgade emprestam suas vozes para a leitura, em off, de textos de apoio às cenas. Na internet, espectadores relatam a experiência de assistir ao espetáculo. “Um maravilhoso ator só poderia protagonizar uma maravilhosa peça! Parabéns, Hilton Cobra e toda equipe!”, diz um internauta. “Texto maravilhoso e o ator Cobra melhor do que nunca no papel do Lima Barreto. Um dos monólogos mais sensíveis e bonitos que já assisti. Vale a pena ir muitas vezes, porque cada apresentação é única e mais emocionante que a outra”, completa outro.
Serviço: Traga-me a cabeça de Lima Barreto
Monólogo teatral que celebra a genialidade de Lima Barreto, refletindo sobre loucura, racismo e eugenia.
Temporada: até 14 de maio. De sexta a segunda-feira, sempre às 20h
Local: Teatro Glaucio Gill. Praça Praça Cardeal Arcoverde, s/nº – Copacabana. Tel: 2332 7904.
Ingressos: R$ 30,00 (inteira) | R$ 15,00 (meia-entrada) | R$ 10,00 (promocional)
Classificação etária: 14 anos | Duração: 60 minutos | Lugares: 150
Reserva de ingressos promocionais para ONGs, Pré-vestibulares comunitários e organizações de mobilização social através dos contatos:
Cia dos Comuns: 21-2232 9558 (a partir das 9h) / Whatsapp: 21-98804 6669 / Facebook: Traga-me a cabeça de Lima Barreto / E-mail: [email protected]
Ficha Técnica:
Hilton Cobra – Ator | Luiz Marfuz – Dramaturgia | Fernanda Júlia – Direção | Cenário: Vila de Taipa (Laboratório de Investigação de Espaços do Teatro Vila Velha), Erick Saboya, Igor Liberato e Márcio Meireles | Desenho de Luz: Jorginho de Carvalho e Valmyr Ferreira | Figurino: Biza Vianna | Direção de Movimentos: Zebrinha | Direção Musical: Jarbas Bittencourt |Direção de vídeo: David Aynnan | Direção de Produção: Tania Rocha | Design gráfico: Bob Siqueira e Gá. Participações especiais (voz em off): Lázaro Ramos, Frank Menezes, Harildo Deda, Hebe Alves, Rui Manthur e Stephane Bourgade
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