Em festa, CEASM comemora seus 25 anos

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Por Carolina Vaz

Fotos: Raysa Castro

No dia 03 de setembro, sábado, o CEASM celebrou seu 25º aniversário, no Museu da Maré. Numa festa que reuniu as equipes de todos os projetos, houve apresentações de grupos culturais sediados no Museu, pula-pula para as crianças, oferta de comes e bebes e o reencontro de muitas e muitos que atuam, já atuaram, admiram ou são beneficiários da instituição. O ambiente foi tematicamente decorada com estandartes homenageando os projetos e um varal de edições do Jornal O Cidadão.

A festa começou às 19h, com os amigos da instituição chegando no espaço e já garantindo suas bebidas, preparadas e comercializadas pela equipe do pré-vestibular, o CPV-CEASM. Além de refrigerante, cerveja e drinks, havia também a venda “combo” (com alguma bebida) e avulsa do copo comemorativo dos 25 anos da instituição. De alimento, havia no evento caldo verde e os petiscos do restaurante parceiro Capitão da Maré, como carne de sol e aipim. O restaurante já tinha feito sucesso ao vender no Festival do Entre Lugares, e voltou para atender o público com petiscos mareenses feitos na hora.

O diretor Luiz Antonio de Oliveira abriu as apresentações da festa. Foto: Raysa Castro.

O início das apresentações culturais se deu com uma fala de abertura do diretor do CEASM Luiz Antonio de Oliveira, que mencionou a idealização da instituição 26 anos atrás: “Há 26 anos tínhamos muitos sonhos de como poderíamos intervir na questão educacional, na questão da universidade pública que os jovens não tinham acesso. E hoje a universidade é uma pauta importante para o brasileiro e principalmente para quem mora na favela, e eu acho que o CEASM ajudou um pouco nessa discussão”. Destacou ainda os cerca de 1.700 jovens que, após passarem pelo CEASM, acessaram a universidade, o sucesso de outros projetos, e as frequentes atividades que acontecem em parceria com outras instituições e coletivos: “O CEASM é essse espaço que se abre para questões importantes para a sociedade, e principalmente para a favela”. Por fim, em sua fala anunciou a abertura da campanha de arrecadação do Centro de Estudos na plataforma Benfeitoria, que possibilita a adesão mensal a um apoio ao CEASM.

Por volta das 21h começaram as atrações culturais, sendo a primeira o grupo de capoeira Maré de Bambas, que começou com uma narração falando sobre a história da capoeira. Seguiram-se apresentações em modalidades como solo, jogo de capoeira e samba de roda, que colocou muita gente, até de fora do grupo, para dançar no meio do galpão. A música era feita ao vivo, com o uso de instrumentos como pandeiro e berimbau. Todo o grupo da capoeira é composto por pessoas de variadas idades.

O grupo Maré de Bambas acolhe desde crianças a adultos para a prática da capoeira. Foto: Raysa Castro.

O samba de roda geralmente fecha a apresentação, com a participação livre dos espectadores. Foto: Raysa Castro.

Em seguida, apresentou-se o grupo de hip-hop que ensaia no Museu, dirigido pelo professor Cláudio Márcio. Crianças, adolescentes e jovens executaram as coreografias autorais do projeto, com uso de músicas internacionais e nacionais, inclusive “memes” como “desenrola, bate, joga de ladinho”, que atraíram gritos e aplausos do público.

Grupo de hip-hop ensaia no Museu duas vezes por semana. Foto: Raysa Castro.

Por último, com o público aquecido, houve a impactante apresentação de AGBARA, coreografia executada pelo corpo de alunos do projeto Entre Lugares Maré, de teatro, e criada pela coreógrafa do projeto Gabriela Luiz. É composta por algumas músicas, focadas no orgulho da identidade negra, como Eu Sou, do artista WD, e Fé, da cantora Iza. Essa finalização da apresentação leva alunas, alunos e alunes do Entre Lugares a bradarem “Fé pra quem é forte, fé pra quem é foda, fé pra quem não foge à luta”.

A apresentação de AGBARA finaliza com a música Fé, de Iza. Foto: Raysa Castro.

Ao fim das apresentações, ecoou no galpão do Museu o Parabéns do aniversário, e o bolo temático dos 25 anos foi cortado e distribuído a todo mundo presente. Depois a festa continuou com música no galpão, e grupos comendo, bebendo e conversando no pátio do Museu, em clima de festa que foi até de madrugada.

Parte da equipe do CEASM reunida para o Parabéns. Foto: Raysa Castro.

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